No saguão de entrada do edifício das Nações Unidas
em Nova Iorque lê-se o versículo bíblico de Isaías 2.4: "...estas (nações)
converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras;
uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a
guerra". Esse era o anseio após a Segunda Guerra Mundial, quando foi
criada a ONU.
Mas as muitas guerras que aconteceram desde então
mostram claramente que o homem não tem poder para realizar esse ideal.
Justamente quando se trata do povo da Bíblia, de Israel, que se encontra em
meio aos esforços para alcançar a paz com os palestinos e demais vizinhos, fica
dolorosamente claro que esta não será a paz a que se referiu o profeta.
Ainda que se gostaria de alcançar a maravilhosa paz
de que fala a Bíblia, despreza-se o caminho para chegar a ela, de modo que Deus
adverte em Isaías 30.1: "Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que
executam planos que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação,
para acrescentarem pecado sobre pecado!" A tragédia dos planos
dos poderosos deste mundo consiste em que eles os fazem sem Deus e sem o Seu
Espírito. Pois, de qual Pacificador fala o profeta Isaías? Ele se refere a
Jesus, que é anunciado em Isaías 9.5-7 com as palavras: "...porque toda
bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em
sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu,
um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte; Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para
que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim..."
Em última análise, a incapacidade de receber Seu
Espírito (Jo 14.17) resulta na trágica frustração da busca de paz neste mundo.
Por isso nós, que já encontramos a paz, temos tanto mais a incumbência de ser
luz e sal neste mundo, através do Príncipe da Paz, o Senhor Jesus Cristo. Isso
se dá na medida em que vivermos conforme Suas palavras, amarmos Seus
mandamentos e refletirmos Sua paz. O bonito versículo bíblico de Isaías 2.4,
escrito no edifício da ONU encontra-se entre versículos de repreensão a Israel,
que tinha abandonado seu Deus. Também em nossos dias vemos um afastamento de
Deus em todo o mundo. Apesar disso, Deus cumprirá Suas promessas e Seu reino de
paz virá.
Será que pertencemos àqueles que esperam por Ele e
depositam sua confiança em Deus, do mesmo modo como havia pessoas que esperavam
a redenção por ocasião da Sua primeira vinda (Lc 2.25,38)? Ou somos como os
eruditos em Jerusalém, que deram imediatamente uma resposta bíblica a Herodes
para a pergunta dos magos do Oriente ("Onde está o recém-nascido Rei
dos judeus?" [Mt 2.2]), mas não a aplicaram pessoalmente a si mesmos?
Por isso: sejamos semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor (comp. Lc
12.36), unidos na espera pelo vindouro Príncipe da Paz e Seu Reino. Fredi
Winkler - http://www.apaz.com.br
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